A PF, munida de informações sobre um possível saque vultoso na cidade, obteve uma ordem judicial de busca e apreensão emitida pela Vara de Organizações Criminosas da Justiça de Roraima. Essa operação visava não apenas o imóvel onde o dinheiro foi encontrado, mas também a empresa que venceu a licitação e a residência do irmão do proprietário da empresa. Além das notas cuidadosamente escondidas atrás de telhas, foram encontrados e apreendidos celulares, documentos diversos e cerca de 5 mil litros de querosene armazenados em recipientes conhecidos como carotes. A presença desse combustível levanta suspeitas de possível envolvimento do dono da residência com atividades de mineração ilegal em terras indígenas, já que o querosene é utilizado como combustível em pequenas aeronaves usadas em garimpos.
A UERR, envolvida indiretamente no caso devido à licitação suspeita, divulgou uma declaração afirmando que até o momento não recebeu nenhuma comunicação oficial da Polícia Federal ou da Justiça em relação às informações divulgadas. No entanto, a instituição se colocou à disposição para colaborar com as investigações e esclarecer todos os fatos visando a preservação do interesse público. As investigações da PF prosseguem no intuito de identificar os destinatários finais dos valores apreendidos e esclarecer a total extensão do esquema de corrupção.