O jornalista Joaquim de Carvalho criticou o envolvimento de oficiais das Forças Armadas brasileiras no escândalo de corrupção da venda de joias e presentes oficiais dados por autoridades estrangeiras ao Estado brasileiro. Durante participação no programa Bom Dia 247 neste domingo (13), Carvalho comentou que a operação de venda de joias era prioritariamente para o enriquecimento de Jair Bolsonaro. "O centro era ele. O presente veio para ele, foi entregue a ele, e ele despachou para que aquilo fosse transformado em dinheiro", afirmou.
Joaquim mencionou declaração do jornalista Otavio Guedes, da Globonews, sobre o escândalo envolvendo militares. "Essa foi a maior operação militar no Brasil desde a Guerra da Cisplatina, em 1822. Porque uniu um almirante [Bento Albuquerque], nas joias da Arábia Saudita, que pode ser propina. Essa propina é levada para os Estados Unidos num avião da Força Aérea, e foi negociada nos Estados Unidos por um general do Exército. É uma desmoralização completa, porque mostra: é para isso que o Brasil forma, com recursos da população, os seus oficiais?", questionou Joaquim de Carvalho.
Para o jornalista, os militares que integraram o governo de Jair Bolsonaro entraram num projeto pessoal de poder econômico e político. "É claro que isso tem que mudar. Quanto gastamos para formar esses oficiais e qual é o resultado que esses oficiais trazem para o Brasil? Se for assim, é melhor não ter Força. Porque qualquer um que olhar para o Brasil vai dizer: 'essas Forças Armadas brasileiras são uma piada'", afirmou.