Lula teve a sabedoria de nunca ter se encontrado com Walter Delgatti Neto, ao contrário de Jair Bolsonaro, sabidamente um jumento.
Preso nesta quarta-feira, o hacker era tratado como herói por parte da esquerda graças a seu papel na Vaja Jato, quando revelou mensagens que levaram à anulação de sentenças de Sergio Moro.
Delgatti é um pilantra rematado. Conhecido como “Vermelho”, tem 34 anos e morou em Araraquara com a avó. Usava a velha para pedir doações em vaquinhas inescrupulosas.
Tinha uma vida luxuosa com carros caros e viagens. Tudo fruto de falcatruas. Sua folha corrida inclui crimes como estelionato, venda de medicamentos controlados com uso de receita falsificada e se passar por delegado de polícia.
Foi também acusado de estupro pela namorada de seu irmão, que declarou ter sido dopada antes de abusada.
Seu advogado alega que a mágoa com uma suposta ingratidão do PT o levou a trabalhar para Carla Zambelli e a extrema-direita. Ninguém lhe ofereceu “emprego”.
Na verdade, como todo bandido, ele quer é dinheiro e vantagens. Zambelli lhe ofereceu isso. Quando Bolsonaro o recebeu no Palácio da Alvorada, ele vislumbrou a grande chance de se dar bem ajudando a dar um golpe de estado.
Bolsonaro prometeu-lhe proteção para a vida toda.
Zanin foi quem aconselhou Lula a não se reunir com Delgatti. Ele ouviu e nunca chegou perto do sujeito. Bolsonaro, em sua sede antidemocrática, acatou a sugestão da indescritível Carla Zambelli de sentar com um hacker estelionatário para urdir uma “ruptura democrática”.
Deu no que deu.