O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, está se mostrando preocupado com as recentes movimentações políticas no atual cenário brasileiro. O partido vê alguns “aliados” se distanciando do ex-mandatário e do bolsonarismo.
O gesto mais recente foi o do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que busca ser o candidato apoiado pelo PL e se colocar como o nome da direita na disputa. Ao participar de um almoço com empresários que teve a presença de Bolsonaro, na quarta-feira (26), Nunes manteve uma distância calculada e disse “não ter proximidade” com Bolsonaro.
Após a ação do prefeito paulista, integrantes do PL, teriam sido informados de que pesquisas contratadas por Nunes mostrariam que ele pode perder votos caso mantenha apoio ao ex-presidente.
Também tem chamado a atenção na legenda a maneira com que o recém-filiado Marcelo Queiroga, ex-ministro da Saúde de Bolsonaro, tem tratado sua intenção de concorrer à prefeitura de João Pessoa. Queiroga explora mais sua atuação como médico do que como político próximo de Bolsonaro.
O principal motivo do aumento da rejeição a Bolsonaro, na percepção do PL, seria pelo fato do ex-capitão ter sido condenado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a inelegibilidade até 2031, além de uma série de depoimentos e investigações policiais que têm “manchado” a imagem dele.