O entrevistado afirmou de forma enfática: "Não basta a inelegibilidade de Bolsonaro, ele tem que ser preso". Pomar destacou que a inelegibilidade por si só não seria suficiente para impedir o retorno da extrema direita ao poder. É necessário também buscar a justiça e garantir que Bolsonaro seja responsabilizado por suas ações, especialmente aquelas que atentam contra a democracia e os direitos humanos.
Sobre o fim do bolsonarismo, Valter Pomar alertou que a força e resiliência do movimento não podem ser subestimadas. Ele ressaltou que, mesmo com a queda de popularidade do ex-presidente, o bolsonarismo ainda possui um número significativo de seguidores. "Não dá para dizer que o bolsonarismo morreu, existe uma resiliência, uma força do bolsonarismo que tem que ser levada em conta", afirmou.
O entrevistado também mencionou a influência de Olavo de Carvalho, ideólogo do bolsonarismo, mesmo após sua morte. Pomar destacou que Carvalho continua atraindo milhões de seguidores, o que demonstra a criação de uma corrente política com ideias próprias dentro da extrema direita brasileira.
Diante desse cenário, Pomar ressaltou a importância de não subestimar
o bolsonarismo e de enfrentá-lo de maneira estratégica. Segundo ele, o
problema político relacionado a Bolsonaro e ao bolsonarismo precisa ser
resolvido por meio da luta política, da organização dos movimentos
sociais e dos partidos políticos comprometidos com a defesa da
democracia e dos direitos sociais.