O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) encaminhou nesta sexta-feira, dia 7, ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao Tribunal de Contas da União (TCU) e ao Ministério Público Eleitoral (MPE) as provas coletadas na ação que resultou na condenação de Jair Bolsonaro a oito anos de inelegibilidade. As informações são da CartaCapital.
A ação em questão tinha como alvo a reunião realizada com embaixadores em julho de 2022. Durante a transmissão pela TV Brasil, o então ocupante do Palácio do Planalto repetiu informações falsas sobre o sistema eleitoral e fez ataques às instituições. >>> Bolsonaro pode também ficar fora das eleições de 2030 e 2032 em razão de investigações criminais
O TSE enviou o material para dois inquéritos em andamento no STF: um relacionado aos atos antidemocráticos e outro sobre a atuação de uma milícia digital contra a democracia. Por sua vez, o TCU analisará os documentos e poderá iniciar novas investigações contra Bolsonaro.
Já existe uma representação contra o ex-mandatário no TCU, apresentada pelo Ministério Público junto ao tribunal e relatada pelo ministro Jhonatan de Jesus. A petição, assinada pelo subprocurador-geral do órgão, Lucas Rocha Furtado, solicita que o TCU calcule os custos gerados pela reunião com embaixadores para a União. Esse seria o primeiro passo para que Bolsonaro seja obrigado a restituir aos cofres públicos o dinheiro gasto com o evento.