Na quinta-feira (6), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de um inquérito para investigar possíveis incentivos e influências do deputado General Girão (PL-RN) nos atos ocorridos em 8 de janeiro em Brasília. A investigação visa apurar crimes como associação criminosa, incitação ao crime, abolição violenta do Estado democrático de Direito e golpe de Estado.
O inquérito analisará as publicações do deputado nas redes sociais e sua participação em uma manifestação em frente a um quartel do Exército em Natal no final de 2022. A decisão de abrir o inquérito foi feita a pedido da Polícia Federal (PF) e da Procuradoria-Geral da República (PGR), e o prazo inicial para as investigações é de 60 dias.
Na decisão, Moraes escreveu: “Os elementos iniciais apresentados nesta petição demonstram a existência de fundamentos para a instauração de um inquérito policial contra o deputado federal ELIÉSER GIRÃO MONTEIRO FILHO, conforme solicitado pela Polícia Federal e reiterado pela Procuradoria-Geral da República.”
Em sua manifestação, o subprocurador-geral da República, Carlos Frederico Santos, responsável pelas investigações dos ataques ocorridos em 8 de janeiro, afirmou que é necessário investigar “todos os aspectos potencialmente criminosos do comportamento” do deputado e se suas postagens “tiveram influência nos eventos ocorridos em 8 de janeiro de 2023”.