A investigação da Polícia Federal contra o ex-assessor e braço direito de Arthur Lira (PP-AL) descobre cada dia mais pistas que podem comprometer o presidente da Câmara dos Deputados. Segundo informações do jornal O Estado de S.Paulo, existem áudios e mais áudios comprometedores de conversas entre os investigados.
No Planalto, a investigação é tratada publicamente com discrição. Nos bastidores, porém, há alívio, já que o governo estava nas mãos de Lira por não ter base no Congresso e agora tem a carta mais alta. De acordo com o jornal, ninguém mais acredita que o presidente da Câmara poderá ameaçar o Planalto.
No domingo (25), a PF enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a investigação sobre fraudes e desvios de R$ 8 milhões na compra de kits de robótica para escolas de Alagoas com verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
O inquérito tem como alvos aliados de Lira, que não é investigado até o momento. Um deles é o assessor Luciano Cavalcante, auxiliar de Lira que estava lotado na liderança do PP da Câmara e foi exonerado após a Operação Hefesto.
Na ação, os policiais encontraram anotações manuscritas de uma série de pagamentos feitos a “Arthur”, que os investidores acreditam ser o presidente da Câmara. Os registros citados apenas neste nome somam cerca de R$ 265 mil.