O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PL) evitou responder sobre a situação de crise que vive a Rússia, disse ser contra a guerra e pediu “paz”. O mandatário participou de uma coletiva de imprensa neste sábado (24) em Paris, na França.
O petista foi questionado sobre o motim armado contra o presidente Vladimir Putin, no entanto, insistiu que não daria, pelo menos por enquanto, sua opinião. “Não tenho as informações necessárias para falar”, afirmou. “Seria chutar de forma precipitada. Prefiro não falar”.
O chefe do Executivo também pontuou que tampouco saberia dizer qual a dimensão da crise. “Vou conversar com muita gente sobre essa chamada rebelião”, disse. Lula ainda ressaltou que seria “precipitado fazer juízo de valores” e lamentou que, neste momento, ambas as partes pensam que podem vencer a guerra, no campo militar.
“Eu sou contra a guerra. Quero paz. Condenamos invasão. Mas isso não implica que eu ou ficar fomentando a guerra. Por enquanto, eles não querem sentar para discutir, por achar que podem ganhar”, afirmou o presidente brasileiro.
Na madrugada deste sábado, o grupo mercenário Wagner entrou em território russo horas depois de o seu líder, Yevgeny Prigozhin, ter pedido a derrubada da cúpula militar russa. Prigozhin prometeu “ir até o fim” em sua derrubada contra Putin e que seu exército possui 25 mil homens “prontos para morrer pelo povo russo”.
Putin, por sua vez, disse que a rebelião equivale a uma “facada nas costas” da Rússia e de seu povo. A surpreendente e rápida incursão do grupo mercenário em território russo ocorre após uma dramática escalada de tensão, na última sexta-feira, entre o líder do Wagner e o Ministério da Defesa.