O PL acusa Sergio Moro de tentar tumultuar a ação eleitoral no TRE-PR e ameaçar a cassação de seu mandato. Guilherme Ruiz, advogado do partido, recorreu contra uma decisão do tribunal que permitiu a inclusão de novas testemunhas e a adição de arquivos de mídia relacionados a uma entrevista de Valdemar Costa Neto, a pedido do senador. Com informações de O Globo.
O partido de Jair Bolsonaro entrou com embargos de declaração, alegando que não foi devidamente notificado para se manifestar sobre a solicitação de Moro. De acordo com os advogados do PL, o TRE-PR desrespeitou o princípio do contraditório, que exige ouvir todas as partes envolvidas. A legenda afirma que o documento anexado ao processo “não revela fatos novos”.
O PL declara:
“Fica evidente que, na verdade, a inclusão solicitada pelo embargado (Moro) tem como objetivo tumultuar e atrasar o processo, e, principalmente, politizar o julgamento dos pedidos de cassação e inelegibilidade. Ele se aproveita da seriedade do processo e da estrutura da Justiça Eleitoral para criar um cenário de vitimização pessoal e encenar um proselitismo político de baixo nível.”
No TRE-PR: Apresentação de evidências contra Moro. A defesa de Moro solicitou, no final de maio, que o desembargador Mário Helton Jorge considerasse uma entrevista do presidente do PL nos autos, na qual ele explica o motivo do partido entrar com a ação. Eles também pediram a inclusão como testemunhas das pessoas responsáveis por uma pesquisa eleitoral mencionada por Valdemar em sua declaração.
O PL busca a retirada desses elementos do processo, argumentando que tudo isso é apenas uma “estratégia para reforçar as encenações” de Moro.