Em artigo publicado no jornal Folha de S.Paulo, nesta quarta-feira (21), o jornalista Elio Gaspari disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “restabeleceu a compostura internacional do presidente brasileiro”. Ele também destacou que, na diplomacia, o petista marcou a diferença.
Confira alguns trechos:
Lula embarcou para a Itália e a França. Em Roma, verá o papa Francisco, seu defensor quando ele estava na cadeia, e em Paris estará com o presidente Emmanuel Macron. Parece nada, mas os guarda-costas de seu antecessor arrumaram encrencas nas ruas de Roma e ele não quis (ou não conseguiu) ir ao papa Francisco. Com a França foi pior, o capitão foi cortar o cabelo e não recebeu um ministro de Macron.
O Brasil vivia um apagão de civilidade, no qual um homem educado como o então ministro Paulo Guedes deu-se a um comentário vulgar a respeito de Brigitte, a mulher de Macron. (Tolices desse tipo sempre aumentam o cacife dos ministros no Planalto.)
Lula viaja carregando uma agenda muitas vezes exagerada. Se deixarem, ele volta a defender a criação de uma governança internacional para o meio ambiente. Não lhe basta ONU, que mal funciona. Uma coisa é certa, Lula restabeleceu a compostura internacional do presidente brasileiro. Não lhe passa pela cabeça dizer ao chanceler que deve mostrar um discurso ao seu ajudante de ordens para que lapide suas más ideias. Bolsonaro deu essa atribuição ao tenente-coronel Mauro Cid. O oficial está na cadeia por causa da polivalência que lhe atribuiu o chefe. (…)