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Deputados, militares e ex-ministros: quem são os participantes do grupo golpista de Mauro Cid

A Polícia Federal também identificou a participação do então coronel da cavalaria Rodrigo Lopes Bragança Silva

Publicada em 18/06/23 às 15:08h - 18 visualizações

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Deputados, militares e ex-ministros: quem são os participantes do grupo golpista de Mauro Cid
 (Foto: Reprodução)

Em posse do celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de Ordens do governo de Jair Bolsonaro (PL), a Polícia Federal identificou pelo menos dois grupos de WhatsApp formado por militares que planejavam aplicar um golpe no Brasil após as eleições de 2022. Enquanto o “CCEM 16/17” era formado por alunos do Curso de Comando e Estado-Maior do Exército, que dá nome núcleo, e tinha mais de 100 membros, o “Dosssss!” era mais restrito, tendo apenas 10 participantes.

Além do braço-direito de Bolsonaro, o Estado de S.Paulo conseguiu identificar sete bolsonaristas que ocupavam cargos no legislativo e tinham altas patentes no exército, seja como comandante ou instrutores de escolas militares. Com grande destaque no cenário político durante o último governo, estão Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, e Luiz Eduardo Ramos, ex-ministro-chefe da Casa Civil.

A Polícia Federal também identificou a participação do então coronel da cavalaria Rodrigo Lopes Bragança Silva, que foi remanejado para a Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em Campinas. No dia 29 de novembro de 2022, ele escreveu na conversa que estava circulando uma carta aberta para que oficiais assinassem contestando a atuação do Poder Judiciário nas eleições presidenciais.

O tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, que atuou no Gabinete de Segurança Institucional (GSI) também estava no grupo, assim como Gian Dermário da Silva, que foi seu instrutor na Escola de Comando do Estado Maior (Eceme). Outro participante do “Dosssss!” que esteve em cargos importantes é Márcio Nunes Resende Júnior, que comandou o 1° Batalhão de Logística Selvagem.

O representante do legislativo no grupo era Andre Luiz Pereira da Silva, o Bodão. Ele foi assessor do ex-deputado federal major Vitor Hugo (PL-GO), que foi líder da bancada governista durante os anos de mandato de Jair Bolsonaro.

Ao perceber que o Exército não aplicaria um golpe à democracia brasileira, Ferreira Lima desabafou no grupo: “O foda é que ficou gostosinho demais sermos só isso. Salário garantido, guerreiro com absoluta certeza de não guerrear, uma escapada ou outra ganhando bem por aí… ficou bom demais para querermos sair desse conforto”. Ele ainda emendou: “Não vai rolar mesmo.

Esse era o tom das conversas flagradas pelas investigações da PF. O tom só mudou após os atos golpistas de 8 de janeiro, quando Márcio Resende mostrou preocupação com um possível monitoramento das conversas. Ferreira Lima tratou de acalmar o amigo: “Aqui ninguém está combinando tomar o poder. São apenas opiniões”.




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