Jair Bolsonaro tomou uma atitude rara neste domingo (18): resolveu pedir desculpas por ter divulgado, no sábado (18), durante um evento em Jundiaí (SP), uma fake news sobre a vacina da Pfizer contra a Covid-19.
Em uma live feita pelo senador Marcos Ponte (PL-SP), Bolsonaro afirmou que os imunizantes com RNA mensageiro fazem "acumular grafeno nos “testículos e nos ovários”. Trata-se de uma mentira.
"Agora vocês vão cair para trás. A vacina de RNA tem dióxido de grafeno. Onde ele se acumula segundo a Pfizer, que eu fui ler aquele trem lá, no testículo e no ovário. Eu li a bula”, havia disparado o ex-mandatário, reforçando sua narrativa anticientífica. C
Com medo de ser punido pela Justiça pela divulgação da mentira e às vésperas do julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que deve torná-lo inelegível, Bolsonaro, então, tentou se retratar com uma postagem no Facebook. A justificativa do ex-presidente para sua fake news, entretanto, é tão bizarra quanto a fala inicial.
"Em
relação a uma conversa no dia de ontem, na cidade de Jundiaí (SP),
sobre a existência de óxido de grafeno na vacina de tecnologia mRNA,
houve um equivoco da minha parte. Como é de conhecimento público sou
entusiasta do potencial de emprego do óxido de grafeno, por isso
inadvertidamente relacionei a substância com a vacina, fato desmentido
em agosto de 2021. Mais uma vez lamento o falado e peço desculpas",
escreveu.
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