A Polícia Federal (PF) e a Controladoria Geral da União (CGU) investigam se Jair Bolsonaro (PL) possui uma terceira vacina falsa, registrada no sistema do Ministério Saúde. O ex-presidente teria recebido uma dose da Janssen contra a Covid-19 no dia 19 de julho, em São Paulo, numa unidade de saúde do bairro de Peruche.
O posto de saúde já informou à CGU que Bolsonaro nunca esteve na unidade para ser vacinado e que o registro da imunização, portanto, é falso. O órgão repassou a informação à PF, que já investigava outros dois registros falsos de vacinação do sujeito, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.
Na quarta-feira (3), a PF realizou uma operação de busca e apreensão na casa do ex-presidente em Brasília e prendeu assessores dele suspeitos de fraudarem registros de imunização de Bolsonaro e de sua filha, Laura Bolsonaro.
A adulteração nos cartões de vacinação teria sido feita para que o ex-presidente, sua esposa, Michelle, a filha do casal, Laura, e alguns de seus auxiliares pudessem viajar para os Estados Unidos, que exige o comprovante de vacina de estrangeiros para entrarem no país.
Em declarações, o próprio Bolsonaro afirma que jamais recebeu qualquer imunizante para combater a Covid-19, e voltou a repetir isso após a operação deflagrada pela PF. Segundo ele, a decisão de não tomar a vacina ocorreu depois que ele leu a bula da Pfizer.