O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, neste domingo de Páscoa (9/4), que os 100 primeiros dias de seu terceiro mandato foram suficientes para reverter um cenário estarrecedor no país. Segundo ele, o marco, que será atingido na segunda-feira (10/4), ainda é um período curto se comparado aos seus dois primeiros mandatos.
“É um período curto se comparado aos 1.460 dias de trabalho para os quais fui eleito pela maioria do povo brasileiro. Ainda assim, 100 dias foram suficientes para revertermos um cenário estarrecedor, identificado pelos quase mil especialistas dos nossos grupos de transição”, escreveu Lula no Twitter.
Sem citar explicitamente o antecessor Jair Bolsonaro (PL), o petista disse que “os problemas herdados eram tantos e em tantas frentes que o termo ‘reconstrução’ foi incorporado ao slogan do governo federal, precedido de outra palavra-chave: ‘união’”. “União e reconstrução” é o slogan do governo federal.
Em um artigo publicado no jornal Correio Braziliense, Lula citou o resgate de programas sociais que foram marca de gestões petistas, como o Bolsa Família, o o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Minha Casa, Minha Vida.
Na área da saúde, ele falou da recriação do Mais Médicos, com abertura 15 mil vagas para profissionais que atuarão nos municípios mais necessitados. Também mencionou o lançamento do Movimento Nacional pela Vacinação, “para reverter os danos causados pelo negacionismo, e investimos na redução emergencial das filas para consultas, exames e cirurgias eletivas no Sistema Único de Saúde (SUS)”.
Recriação de ministérios e marco fiscal
O mandatário também frisou a criação ou recriação de algumas pastas, como os ministérios da Igualdade Racial, o das Mulheres e o da Cultura, além da pasta dos Povos Indígenas.
Lula ainda escreveu que o governo já formulou um novo marco fiscal, que ele classificou como “realista e responsável”. A regra, que vai substituir o atual teto de gastos, mantém o equilíbrio das contas públicas e garante que os pobres estejam no orçamento, segundo Lula.
Por fim, o presidente afirmou que o governo tem dialogado com prefeitos, governadores, deputados, senadores e sociedade civil. “Promovemos a harmonia entre as instituições e a defesa intransigente da democracia e dos direitos humanos”.Ele disse ainda que o Brasil retomou a política externa “ativa e altiva”. “Deixamos o triste papel de pária internacional”, sintetizou.
