Diante das críticas sobre a falta de medidas mais concretas na área econômica nos primeiros 100 dias de governo, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, faz um balanço positivo do início da gestão. "O saldo foi extremamente positivo e intenso. Nós conseguimos, nesse período, adotar um conjunto de medidas para reduzir o deficit projetado de 2023, de R$ 230 bilhões para algo abaixo de R$ 100 bilhões. Conseguimos colocar para a sociedade a discussão do novo arcabouço fiscal, visando que ele tenha possibilidade de vigorar a médio e longo prazos. Não é fácil você fazer isso em um período tão curto", defende Ceron, em referência às ações das quais o Tesouro teve participação.

Segundo o técnico, o órgão atuou "em frentes relevantes, como garantir um fiscal melhor a curto prazo, com credibilidade, que ajuda a retomar o investimento, além de sinalizar uma reconstrução do pacto federativo". Nesse sentido, o secretário destaca o acordo com os estados e o Distrito Federal para compensar as perdas com o teto no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) imposto pelo governo anterior, de R$ 26,9 bilhões. "Fechamos um acordo com 27 unidades da federação, resolvendo um imbróglio judicial que poderia gerar um impacto muito maior para a União", frisa. Ele adianta que, na segunda-feira (10), o governo vai anunciar um pacote de medidas estruturais em Parcerias Público-Privadas (PPPs) para estimular o crescimento do país.