" Quero cumprimentar a PF e reafirmar a importância da investigação que resultou nessa ação exitosa que todos temos que comemorar. Não temos mais no Brasil uma Polícia Federal aparelhada, a serviço de nenhum projeto político ou partido. Essa investigação não aconteceu agora, e foi executada com sucesso, impedindo a possibilidade de consumação de um crime contra várias autoridades", afirmou o ministro-chefe da Secom.
"A ação da Polícia Federal demonstra a importância de que nós possamos despolitizar essas instituições de Estado - Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Receita Federal. Essas instituições garantem a segurança jurídica que o País precisa", acrescentou.
"Não podemos naturalizar a injustiça. Portanto, a manifestação do presidente Lula deve ser compreendida dentro de um contexto. Tentar, como algumas pessoas estão tentando, como o senador Sérgio Moro, estabelecer um vínculo entre esta manifestação e a operação da PF é algo absolutamente fora de propósito. Isso enfraquece aquilo que nós queremos fortalecer, que é o espírito republicano da Polícia Federal", acrescentou o chefe da Secom.
Flávio Dino também rechaça associação
O ministro da Justiça, Flávio Dino, rejeitou que a declaração do presidente Lula possa ter qualquer relação com o caso agora investigado pela PF e disse ser leviano fazer qualquer associação política com a situação. "É vil, é leviana e descabida qualquer associação com a política brasileira. oposição ao nosso governo", disse Dino. "Não se pode pegar individualmente uma declaração de ontem... e vincular a uma investigação que tem meses", afirmou.
Segundo a investigação da PF, o plano seria organizado pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e não tinha motivação política.
De acordo com a PF, foram expedidos 24 mandados de busca e apreensão, sete mandados de prisão preventiva e quatro mandados de prisão temporária no âmbito da chamada Operação Sequaz. As ações contaram com 120 presos nos Estados de Mato Grosso do Sul, Paraná, Rondônia e São Paulo.
A PF ainda disse que os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea, com a maioria dos investigados em São Paulo e Paraná.