O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, endossou publicamente a versão dada por Michelle Bolsonaro sobre o escândalo das joias avaliadas em R$ 16,5 milhões, supostamente dadas a ela por autoridades da Arábia Saudita, e que foram apreendidas pela Receita Federal em 26 de outubro de 2021 quando uma comitiva do Ministério de Minas e Energia, de Bento Albuquerque, tentou trazê-las ao país. O endosso causou mal-estar no clã Bolsonaro.
A ex-primeira-dama alega que jamais teve conhecimento sobre as joias e chegou a debochar da situação: “Sou sempre a última a saber”, declarou à imprensa. O problema é que foram divulgadas as imagens em que Albuquerque afirma a fiscais da Receita, na alfândega do aeroporto de Guarulhos, que ela seria a destinatária das joias. Ao negar, coloca o ex-marido na ‘cena do crime’.
Já havia pressão para que o dirigente do PL saísse da defesa de Bolsonaro no caso do escândalo das joias. O próprio ex-presidente chegou a nomear Frederick Wassef como seu advogado, irritando a legenda. De acordo com a coluna de Alberto Bombig, do Uol, Valdemar estuda afastar-se de Jair, mas promete que não “deixará Michelle desprotegida”. Na sua opinião, ela é uma vítima no episódio.
Já o clã Bolsonaro, composto pelo próprio Jair e seus três filhos mais velhos, Flávio, Eduardo e Carlos, avalia que Michelle estaria “fritando” o marido para defender-se em relação ao episódio das joias e levar adiante seu projeto político.