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Flávio anuncia retorno de Bolsonaro ao Brasil, mas volta atrás, apaga mensagem e pede desculpas

Pela manhã, o filho do ex-presidente anunciou o retorno de Bolsonaro ao Brasil dia 15 de março, mas apagou a postagem. Bolsonaro enfrenta vários problemas, entre eles, o caso da denúncia das joias de R$ 16,5 milhões

Publicada em 07/03/23 às 09:32h - 25 visualizações

Correio Braziliense


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Flávio anuncia retorno de Bolsonaro ao Brasil, mas volta atrás, apaga mensagem e pede desculpas
 (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) anunciou na manhã desta terça-feira (7/3) que o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), retornaria ao Brasil no próximo dia 15 de março, após um hiato de mais de dois meses nos Estados Unidos. O anúncio foi feito por meio das redes sociais.

"Acabou a espera! Bolsonaro vem aí! No dia 15 de março, o nosso Johnny Bravo volta para o Brasil. Já pode pendurar a bandeira verde e amarela e vestir as cores do nosso País. Juntos, vamos fazer uma oposição forte e responsável, pelo bem do nosso Brasil. Deus, pátria e família!", escreveu.

No entanto, minutos depois, o parlamentar recuou e disse que a data era "provável, mas não confirmada" e que "assim que houver uma data definitiva", Bolsonaro divulgará.

"Peço desculpas pela postagem anterior, deve ser a saudade grande! Na verdade a data de retorno do nosso líder no dia 15/março era provável, mas não confirmada ainda. Assim que houver uma data definitiva ele mesmo divulgará, tá ok!" - declarou Flávio.

O ex-chefe do Executivo vem sendo cobrado pelo partido a tomar frente na oposição na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele deixou o país ainda no ano passado, dois dias antes do final de seu mandato e corre o risco de ver novas lideranças surgirem em seu lugar, além da perda de capital político.

Em entrevista ao jornal norte-americano The Wall Street Journal, Bolsonaro disse que deve voltar em março, mas reconheceu o risco de prisão. “Uma ordem de prisão pode aparecer do nada". Uma das principais ações que representam essa preocupação é a que trata do suposto cometimento do crime de genocídio contra indígenas Yanomami. Além disso, Bolsonaro também corre o risco de ficar inelegível. Por último, há o caso da denúncia das joias de R$ 16,5 milhões.

Ontem, a Polícia Federal (PF) de São Paulo abriu um inquérito para investigar a apreensão do conjunto de joias, avaliadas em R$ 16,5 milhões, presenteadas pelo governo saudita para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. O ministro da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Flávio Dino, determinou a apuração do procedimento que aponta como ilegal.

Nos EUA, no último dia 4, Bolsonaro participou da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), maior evento conservador do mundo em Washington e se encontrou com o ex-líder americano Donald Trump.

Em discurso, apontou que sua "missão como presidente ainda não acabou". “Eu agradeço a Deus pela minha segunda vida e também pela missão de ser presidente por um mandato. Mas sinto, lá no fundo, que essa missão ainda não acabou."

Em alfinetada a Lula, que autorizou dois navios de guerra iranianos a atracarem no Rio de Janeiro, afirmou que, caso "fosse presidente, não teríamos problema com navios iranianos". A decisão foi questionada pelos Estados Unidos e tratada como um erro pela diplomacia americana.

Bolsonaro voltou a questionar o resultado das eleições presidenciais do Brasil. "Tive muito mais apoio em 2022 do que em 2018. Não sei porque os números mostraram o contrário", alegou. Em referência ao Supremo Tribunal Federal (STF), alegou não ter aceitado "ir para o outro lado da Esplanada" onde sua vida pessoal "seria muito mais fácil". "Fiquei ao lado dos meus princípios, ao lado de Deus e do povo brasileiro. A coerência é que marca as nossas vidas", emendou na data.

No entanto, a volta de Bolsonaro ao Brasil ainda é uma dúvida. Ao Correio, a própria ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro disse que o marido deve “continuar por lá”. “Acho que ele precisa descansar mais, continuar por lá. Estou com ele há 15 anos e nunca o vi descansar", disse em fevereiro.




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