O Consea, que será presidido por Elisabetta Recine, é um órgão de assessoramento imediato à Presidência da República e um espaço institucional para a participação e o controle social na formulação, no monitoramento e na avaliação de políticas públicas de segurança alimentar e nutricional. Ele foi criado em 1993 pelo então presidente Itamar Franco, revogado dois anos depois e substituído pelo programa Comunidade Solidária na gestão de Fernando Henrique Cardoso. Em 2003, Lula restabeleceu o Consea que foi novamente desativado em 2019, em um dos primeiros atos oficiais de Jair Bolsonaro (PL).
“Novamente vamos tirar o Brasil do mapa da fome e do mapa da insegurança alimentar. Estamos hoje fazendo um pacto por um Brasil sem fome, e com certeza vamos alcançá-lo", declarou o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias.
O presidente Lula afirmou que seu governo vai trabalhar para turbinar a produção de alimentos no país e para garantir segurança e estabilidade aos produtores. “Se é verdade que nós produzimos alimentos demais no planeta Terra e se nesse país a gente produz alimentos demais e tem gente com fome, significa que alguém está comendo mais que deveria comer para que o outro pudesse comer um pouco. Significa que nós estamos desperdiçando alimento entre a produção e o consumo, que alguma coisa está errada. E a mais errada de todas é que as pessoas não têm dinheiro para comprar o que comer. Se tivessem dinheiro, iria muita gente querer produzir, iria aumentar a produção, e a gente então teria os alimentos necessários”.
“Eu já pedi para o Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário, que nós vamos ter que convocar uma reunião com os pequenos e médios produtores para que a gente discuta outra vez o Programa Mais Alimentos, para que a gente possa facilitar a produção de mais alimentos. Se um cidadão tem uma vaquinha que só dá três litros de leite, nós vamos te ajudar para ela dar 100 litros de leite. Se você só está colhendo uma saca de feijão, nós vamos ajudar você a colher duas sacas de feijão. E a gente vai garantir que se as pessoas produzirem, não vão perder, porque se produzirem em excesso o governo vai comprar esse alimento para que a gente distribua onde precisa ser distribuído”, complementou.