Wellington Dias afirmou que 2,5 milhões de pessoas recebem o Bolsa Família de maneira indevida. Ministro do Desenvolvimento Regional, ele aponta que haverá uma revisão dos dados do programa e o relatório será apresentado ao presidente.
“Temos um foco de mais ou menos 10 milhões de beneficiários que estão na linha da avaliação dessa revisão do cadastro. Acreditamos que mais ou menos 2,5 milhões destes que recebem têm grandes indícios de irregularidade”, diz o ministro.
Ele diz que o governo de Jair Bolsonaro promoveu uma “bagunça” com o Cadastro Único para buscar uma melhora em sua avaliação entre beneficiários do programa e abandonou critérios técnicos no pagamento do programa. “Foi desmantelado o cérebro do Cadastro Único. É como se tivesse uma bagunça para perder o controle”, avalia.
Segundo o ministro, há pessoas que recebem nove salários mínimos recebendo valores do programa, enquanto “pessoas sem renda, com fome, não conseguem acessar”.
O Tribunal de Contas da União (TCU) e a equipe de transição do governo Lula já tinham identificado suspeitas de irregularidades no cadastro de beneficiários do Auxílio Brasil, programa que foi substituído pelo Bolsa Família. O órgão e o grupo que auxiliou o petista apontaram pagamento indevidos na inclusão de 3,5 milhões de famílias em agosto de 2022.