“Por enquanto, não [há iniciativa do governo de extraditar Bolsonaro], porque não há, ainda, nenhuma situação ensejadora do pedido de extradição, que seria legalmente cabível. Claro que, se ele alongar essa permanência, aparentemente temporária, e alongá-la definitivamente, aí sim a situação muda”, disse Dino em entrevista ao apresentador José Luiz Datena, na manhã desta nesta terça-feira (7), na Rádio Bandeirantes.
“Até porque, se ele não voltar, aí sim pode configurar uma situação em que ele estaria fugindo de procedimentos legais. Eu não quero crer que um ex-presidente da República vá fugir de prestar esclarecimentos que são importantes”, ressaltou.
Na entrevista, Dino também destacou que o governo Lula não está
promovendo uma perseguição a Bolsonaro, mas que “aliados, amigos e
auxiliares” do ex-mandatário o colocam em “cenas de crime”. “Em todo
momento, há aliados do ex-presidente da República colocando-o em cenas
de crimes. Faço questão de frisar isso com toda clareza. Não somos nós.
Não são pessoas de outra posição política. Não. São aliados, amigos e
auxiliares do ex-presidente Bolsonaro que, a todo tempo, citam o nome
dele. É claro que isso gera consequência jurídica”, afirmou.