A democracia brasileira foi testada num domingo (8) de ataques terroristas aos prédios dos Três Poderes – Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal –, mas resistiu. Ficaram para história registros lamentáveis da barbárie, e o Fantástico apresenta alguns dos golpistas que já fazem parte da Galeria da Desonra Nacional. E que têm um passado bastante comprometedor.
Fábio Alexandre de Oliveira e Erlon Ferrite
O mecânico Fábio Alexandre de Oliveira, 43 anos, é quem aparece nas imagens tomando a cadeira do ministro do STF Alexandre de Moraes. Ele estava acompanhado do amigo Erlon Ferrite, funcionário da Prefeitura de Penápolis, no interior de São Paulo, onde os dois vivem.
Foi
Erlon quem gravou o vídeo e, também, destruiu os bustos de nomes
importantes da Justiça brasileira, como Victor Nunes Leal e Pedro Lessa:
“Pisamos
com tudo. Quebramos com tudo. Tamo quebrando tudo essa m****. Tomamos
tudo. Nois tocou (sic) na linha de frente. Tocamos o horror memo (sic)”,
disse Erlon em vídeo que fez para uma rede social.
José Alfonso Barros
Corretor de seguros em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, José
Alfonso Barros, de 54 anos, estava acampado com apoiadores do
ex-presidente Jair Bolsonaro no Quartel General do Exército, em
Brasília. Semanas antes dos ataques, ele apareceu caracterizado
como indígena, mas sua mulher afirmou à reportagem do Fantástico que
José não faz parte de nenhum povo originário.
Ele foi preso por participar dos atos de domingo, mas não foi a primeira vez. Entre setembro de 2021 e janeiro de 2022, José ficou detido por evasão de divisas, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O Ministério Público o acusa de ser um dos organizadores de uma pirâmide financeira e de ter ficado com R$ 40 milhões dos investidores.
Aos 67 anos, Maria de Fátima Mendonça Jacinto, moradora de Tubarão, em Santa Catarina, apareceu em vídeos da invasão depredando patrimônio público e dizendo que “vamos pegar o Xandão”, referindo-se ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
O Fantástico descobriu que a idosa tentou enganar o INSS para conseguir um benefício e é, também, investigada por falsificação de documentos. Tem mais: em 2014, ela foi presa em flagrante por tráfico de drogas e, condenada, cumpriu três anos de cadeia.