Em vídeo que circula nas redes sociais, uma simpatizante do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) presa, aparece chorando dentro de um dos 50 ônibus do comboio que saiu do QG do Exército, em Brasília, nesta segunda-feira (9) em direção ao Departamento de Polícia Especializadas (DPE) para que os bolsonaristas sejam identificados.
Na gravação, a apoiadora do ex-capitão, já em lágrimas, questiona para onde estão sendo levados. Ela também aponta que o Exército, além de abandoná-los, acatou a determinação do “imperador Xandão, cabeça de ovo”, se referindo ao ministro Alexandre de Moraes, do STF.
“Fomos obrigados pela Polícia Militar para entrar dentro dos ônibus. O Exército nos entregou pra polícia. Até uma hora atrás, a gente confiava no Exército, que ele iria nos proteger, e o Exército nos entregou. Fomos retirados que nem bicho, dentro de ônibus. Não sei para onde está levando a gente”, disse a bolsonarista.
“E estamos aqui, sem saber para onde vão nos levar. Não é drama, não é mimimi. É vida real”, continuou lamentando a simpatizante do ex-presidente.
Vale destacar que Moraes determinou a “desocupação e dissolução total”, em até 24 horas, de acampamentos bolsonaristas montados em áreas militares de todo o país. Além disso, decisão diz que todos os participantes sejam presos em flagrante por diversos crimes.
De acordo com o advogado Fernando Fernandes, do Grupo Prerrogativas, os manifestantes golpistas cometeram crime de golpe de Estado, que possui uma pena de 4 a 12 anos de prisão. Ele também questiona como a bolsonarista estava com o celular dentro do ônibus, uma vez que já detida, o aparelho deveria ter sido recolhido. Especialista em direito penal, o causídico ainda disse que a competência do crime cometido pelos golpistas é da Justiça Federal.