Um tiroteio bem no coração do centro de Paris, na França, na manhã desta sexta-feira (23), deixou pelo menos três mortos e quatro feridos, causando pânico em milhares de pessoas que circulavam pela região, que historicamente reúne muitos turistas.
Um homem de nacionalidade francesa, de 69 anos e que seria maquinista aposentado, cuja identidade ainda não foi revelada pelas autoridades, foi preso sob suspeita de ser o autor dos disparos, que ocorreram num centro cultura curdo, localizado na rua d’Enghien, no 10° Arrondissement, a menos de 500 metros da margem do rio Sena e a um quilometro da Place de La Concorde, onde se inicia a famosa e glamurosa Avenida des Champs-Élysées.
A procuradora Laure Beccuau, do Ministério Público de Paris, reportou à imprensa local que “há três mortos, uma pessoa em estado de emergência absoluta e dois feridos, além do suspeito, que também ficou ferido, sobretudo no rosto”.
Ainda que a motivação do ataque não tenha sido confirmada pela Polícia Nacional, o jornal Le Parisien informa que as suspeitas são de um atentado por razões racistas, uma vez que o indivíduo preso já teria cometido um ataque contra um campo de imigrantes no ano passado. Como os tiros ocorreram num local que congrega imigrantes curdos, a versão ganha força.
O vice-presidente da Câmara Municipal de Paris, Emmanuel Grégoire, foi às redes sociais agradecer a rápida ação e intervenção das forças de segurança, que conseguiram neutralizar o atirador antes que ele provocasse uma tragédia ainda maior.
Uma investigação ficou a cargo da Brigada Criminal da 2ª direção do setor judiciário da Polícia Nacional e Ministério Público parisiense informou um inquérito foi aberto sobre homicídio, homicídio voluntário e violência agravada.