Despedida de Bolsonaro

Após os atos de manifestações com pedidos de anistia para os golpistas do 8 de janeiro de 2023 em algumas cidades do Brasil, com destaque para São Paulo e Rio de Janeiro, a imprensa nacional já especula que Bolsonaro fez a despedida dele das ruas, agora com a iminência clara de ser condenado e preso pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Mentira deslavada

Em seu discurso no Rio, tentando jogar a população contra o Supremo, Bolsonaro disse que milhares de pessoas estão presas pelos atos golpistas. É mentira! Só tem 140 pessoas presas por ordem do tribunal. Como se nota, Bolsonaro não se cansa de mentir. Pior é que tem gente que acredita nele! Bolsonaro tem o hábito de contar pelo menos 12 mentiras por dia.

O fiasco

Sobretudo no Rio, a manifestação de Bolsonaro foi, realmente, um fiasco. Os organizadores anunciaram durante toda a semana que passou que 1 milhão de pessoas estariam presente em Copacabana. Segundo levantamento da USP, pouco mais de 18 mil pessoas estiverem prestigiando o ato.

O louco

Neste domingo (16), o pastor Silas Malafaia mais uma vez deu uma de "louco". Com um discurso absurdo e sem conexão alguma com a verdade, atacou duramente o ministro do STF, Alexandre de Moraes, chamando-o de criminoso.

Sem anistia

Segundo a imprensa de um modo geral, o ato de domingo no Rio mostra claramente que a população brasileira não apoia a anistia. Pelo contrário! Anistia para criminosos seria um absurdo para ficar nos anais da história brasileira. A população já sabe que não cabe anistia para a tentativa de golpe de estado.

Perdeu força

Na avaliação de políticos de todas as matizes, o ato realizado neste domingo (16) na praia de Copacabana foi prejudicial à ofensiva pela aprovação na Câmara dos Deputados de projeto que anistia os golpistas de 8 de janeiro de 2023. Apesar da presença de Jair Bolsonaro, Silas Malafaia e dos governadores de São Paulo e Rio, além de políticos de outras partes do país, a manifestação não reuniu mais que 16,2 mil pessoas, segundo avaliação do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento.

Serei um problema

Bolsonaro afirmou em discurso no Rio que “não vai sair do Brasil” e que ele será um problema “preso ou morto”. “Não vou sair do Brasil. A minha vida estaria muito mais tranquila se eu tivesse do lado deles. Mas escolhi o lado do meu povo brasileiro. Tenho paixão pelo Brasil”, disse ele.

Deu errado

O foco das manifestações no Rio, São Paulo e em outras cidades tiveram o objetivo para pressionar o Congresso Nacional a votar o projeto de lei de anistia para beneficiar ele próprio Bolsonaro e o grupo de apoiadores do ex-presidente que invadiu e depredou as sedes dos três Poderes da República, em Brasília.

Bolsonaro e seus comparsas

De acordo com a denúncia da PGR ao STF, no “núcleo crucial da organização criminosa” estão, além do ex-presidente, o ex-chefe da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), o ex-comandante da Marinha Almir Garnier, o ex-ministro da Justiça de Bolsonaro Anderson Torres, o ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) Augusto Heleno, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid, o ex-comandante do Exército e ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira, e o ex-ministro da Defesa e da Casa Civil e vice na chapa de Bolsonaro em 2022 Walter Braga Netto, que está preso desde 14 de dezembro do ano passado.

A foto que ganhou o mundo

Enquanto Bolsonaro discursava no Rio, um fotógrafo de O Globo flagrou uma faixa exposta em um prédio de Copacabana com a frase SEM ANISTIA. A foto ganhou o mundo e mostra, mais do que nunca, que a população começa a se afastar do ex-presidente. Incrível o flagrante!

Correndo do Bolsonaro

Lideranças do centrão evitam adesão formal a anistia após ato de Bolsonaro. Três líderes do centrão ouvidos pela Folha afirmam que o ato ficou restrito ao PL e runiu parte já conhecida do eleitorado de Bolsonaro, sem mostrar adesão crescente à pauta. Partidos como o PP e o Republicanos evitam apoiar formalmente o projeto de lei que concede anistia aos presos do 8 de janeiro mesmo após o ato.

Políticos do Piauí fora

Não se viu a cara de nenhum político de direita do Piauí no ato de manifestação de Bolsonaro no Rio. Ciro Nogueira, por exemplo, é um defensor da anistia e "arrota" apoio a Bolsonaro no Estado. Mas, não deu as caras para mostrar ser fiel ao "mito", dele. No passado, Ciro foi um entusiasta defensor de Lula. Mudou de lado na velocidade do som. O Centrão já corre com receio de ser contaminado.

Portas da cadeia

Ontem, a notícia que mais repercutiu foram as declarações sem nexo do pastor Malafaia. Na verdade, ele "abriu as portas da cadeia" para Bolsonaro. Porque foi o pastor que patrocinou e organizou o evento em Copacabana. As mentiras ditas no ato pelos que discursaram colocam mais ainda o Bolsonaro em situação complicada no Supremo Tribunal. Com uma condenação e cadeia que se aproxima.

VEJA A ENTREVISTA DO AUTOR DA FRASE SEM ANISTIA NO PRÉDIO: