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“Não se faz política econômica com voluntarismo”, alerta economista sobre tarifa de 25% de Trump

José Francisco Gonçalves destaca risco de inflação e impacto negativo no consumo das famílias com a nova taxação sobre aço e alumínio nos EUA

Publicada em 13/03/25 às 09:34h - 12 visualizações

Brasil 247


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“Não se faz política econômica com voluntarismo”, alerta economista sobre tarifa de 25% de Trump
 (Foto: Reprodução)
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou durante a semana uma tarifa de 25% sobre importações de aço e alumínio, reacendendo o debate sobre o impacto de políticas protecionistas na economia global. A medida, apresentada como uma forma de impulsionar a indústria nacional, foi criticada por economistas e representantes do setor produtivo, que alertam para suas consequências negativas.

Em entrevista ao programa Boa Noite 247, o economista José Francisco Gonçalves destacou os riscos de inflação e queda no consumo interno, reforçando que decisões econômicas dessa natureza não devem ser tomadas de forma precipitada. “Comércio internacional não se faz com voluntarismo. Nunca. As decisões precisam ser baseadas em análise criteriosa e diálogo com o setor produtivo”, afirmou.

Políticas protecionistas: uma marca do governo Trump

A postura protecionista de Donald Trump não é novidade. Durante seu primeiro mandato (2017-2021), ele adotou uma série de medidas semelhantes, com destaque para a guerra comercial com a China, que resultou em tarifas bilionárias sobre produtos chineses, como tecnologia, bens de consumo e materiais industriais.

Ao reassumir a presidência em janeiro de 2025, Trump sinalizou o retorno dessa estratégia, intensificando o discurso de defesa da indústria americana e prometendo “reconstruir a força econômica dos Estados Unidos”. A nova tarifa sobre aço e alumínio faz parte desse movimento, mas analistas apontam que o contexto econômico atual é diferente e mais desafiador.

“O cenário econômico em 2025 é marcado por incertezas maiores que em 2018”, observa Gonçalves. “As cadeias globais de suprimentos ainda estão se reorganizando após a pandemia e o mundo enfrenta uma inflação persistente. Medidas protecionistas neste momento podem piorar ainda mais a situação”, acrescentou.

O impacto das tarifas no passado

Durante o primeiro mandato de Trump, a aplicação de tarifas trouxe resultados mistos. Embora algumas indústrias tenham se beneficiado temporariamente, como a siderúrgica, os custos acabaram sendo repassados ao consumidor final, elevando a inflação. Estudos realizados à época indicaram que as tarifas resultaram em um aumento médio de 0,5% no índice de preços ao consumidor, além de prejudicar setores dependentes de insumos importados.

O protecionismo também gerou retaliações comerciais por parte de outros países, afetando exportações americanas, especialmente na agricultura. A China, por exemplo, reduziu drasticamente a importação de produtos agrícolas dos EUA durante o auge da guerra comercial, o que levou o governo americano a subsidiar produtores para mitigar as perdas.

Contexto atual: uma aposta arriscada

A nova política tarifária de Trump chega num momento em que a economia americana enfrenta pressões inflacionárias persistentes e incertezas no cenário internacional. Economistas alertam para o risco de que a tarifa acabe enfraquecendo ainda mais o consumo interno, principal motor da economia dos EUA.

“A renda real das famílias já está pressionada pela inflação”, lembrou Gonçalves. “Ao encarecer produtos que dependem de aço e alumínio, o governo corre o risco de desestimular o consumo, que representa cerca de 80% do PIB americano”.

Além disso, a possibilidade de uma nova rodada de retaliações comerciais por parte de parceiros estratégicos não está descartada. A União Europeia e a China já expressaram preocupação com a decisão de Trump, sinalizando que podem responder com medidas semelhantes.

Uma política de alto risco

Para José Francisco Gonçalves, o caminho mais prudente seria buscar o diálogo e adotar medidas mais estruturais para fortalecer a indústria americana, sem recorrer a soluções simplistas. “O Ministério da Indústria e Comércio já está avaliando os desdobramentos. Esse é o caminho mais sensato”, concluiu.



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