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Seis em cada dez brasileiros concordam que regulação das redes é necessária, afirma levantamento

Entrevistados citam “liberdade de expressão”, mas ao considerar desinformação e discursos de ódio, 64% das opiniões passam a defender regulamentação e 78% a responsabilização das big techs, segundo pesquisa Nexus

Publicada em 06/02/25 às 08:35h - 27 visualizações

Revista Fórum


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Seis em cada dez brasileiros concordam que regulação das redes é necessária, afirma levantamento
 (Foto: Reprodução)

Uma pesquisa do Instituto Nexus Pesquisa e Inteligência de Dados, obtido pela Fórum, mostra que a opinião pública é favorável à regulação das redes sociais. Segundo o levantamento, 60% dos entrevistados apoiam a medida, enquanto 29% são totalmente contrários. 

A pesquisa ainda aponta que, apesar do respaldo à regulação das redes sociais, metade dos entrevistados que apoiavam a proposta recuou diante do argumento da oposição de que isso poderia comprometer a "liberdade de expressão".

“Os números demonstram o impacto da narrativa contrária, que associa a regulação à censura, reduzindo consideravelmente o apoio popular”, explicou Marcelo Tokarski, da Nexus. O maior problema é a desinformação acerca dos impactos que a desinformação gera nas redes.

A regulação de plataformas digitais volta a ter amplo apoio da população quando seus pontos-chave são apresentados de forma isolada, sem menção aos argumentos da direita em si. Os resultados indicam que 78% dos entrevistados concordam que as plataformas precisam ser responsabilizadas por suas atividades. Além disso, 64% veem a regulação como uma ferramenta importante no combate à desinformação, e 61% a consideram fundamental para enfrentar a disseminação de discursos de ódio.

Outro problema apresentado na pesquisa revela que apesar de 73% dos entrevistados reconhecerem a importância da checagem de dados por parte das plataformas digitais para combater notícias falsas e discurso de ódio, 65% defendem que essa verificação seja realizada pelos usuários, através de sistemas de notas da comunidade. A alegação dos entrevistados é de que a participação dos usuários na moderação de conteúdo evitaria, outra vez, restrições à “liberdade de expressão”. 

Realizada entre 10 e 15 de janeiro, a pesquisa ouviu 2 mil pessoas com 16 anos ou mais em todos os estados do Brasil. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%. Com o objetivo de corrigir possíveis desvios no plano amostral, um fator de ponderação foi aplicado após a pesquisa. Devido ao arredondamento, a soma final dos percentuais pode oscilar de 99% a 101%.

Regulação se tornou embate ideológico 

O debate sobre a regulação das plataformas digitais no Brasil é notoriamente atravessado por disputas ideológicas. A regulação, necessária para combater discursos de ódio e fake news para além das próprias disseminadas em sua maioria pela extrema direita, está sendo discutida no projeto de lei 2630/2020, a chamada PL das Fake News e ainda enfrenta obstáculos no Congresso para avanço na tramitação. O principal deles é a composição da Casa, formada por deputados de Centrão e direita, que se beneficiam das políticas das plataformas para disseminarem conteúdos desinformativos.

“É preciso avançar bastante na regulação das plataformas para que não haja qualquer zona cinzenta que deixe margem para abusos. O Brasil não é terra sem lei e as redes sociais não são um ringue de vale tudo”, destacou o deputado federal Alencar Santana (PT-SP) em entrevista à Fórum. "Estamos diante de um retrocesso gigantesco em matéria de direitos humanos.”

Segundo o sociólogo Sérgio Amadeu, professor da Universidade Federal do ABC (UFABC) e um dos maiores especialistas em redes digitais do país, o que as big techs incentivam é a “proliferação de conteúdos que são mais chamativos, ou seja, mais espetaculares. E o que tem ocorrido é que os algoritmos são organizados para poder privilegiar os discursos espetaculares. Não necessariamente o discurso verdadeiro e muito menos o discurso que traz características mais completas da realidade”, afirmou ao falar sobre a lucratividade da desinformação.





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