O governo Lula cumpriu a meta fiscal de 2024. No ano passado, 2023, a meta fiscal também foi cumprida.
O Brasil está se tornando mais austero? Sem dúvida. O déficit primário diminuiu de 138 bilhões em 2023 (1,3% do PIB) para 10 a 15 bilhões (0,1% do PIB) em 2024. O resultado de 2024 é uma estimativa preliminar.
Durante os três anos da gestão de Michel Temer, o Déficit Primário médio foi de 2,0% do PIB. Durante os três primeiros anos do governo Bolsonaro, 3,9% do PIB. Desconsiderei o quarto ano de Bolsonaro porque ele distorceu o Orçamento dando calote nos precatórios e fazendo várias pedaladas fiscais ignoradas pela mídia e pelos “especialistas”.
Lula, em seus três mandatos, foi ou está sendo o mais austero Presidente do Brasil desde o fim da ditadura. Em 2024, nenhum governo de país importante conseguiu déficit primário tão baixo quanto o Brasil.
No entanto, a capa da edição desta semana da Veja diz que Galipolo assume tendo que enfrentar uma das maiores crises fiscais do século. A Veja espalha fake news para exigir aumento de uma austeridade que já é excessiva. Todos os jornais de grande circulação adotam a mesma linha.
O episódio mostra que Lula segue sendo perseguido pela mídia apesar de se esforçar em excesso para atender às exigências do lobby da Faria Lima.
A “austeridade” não é eficiente do ponto de vista econômica pois trava o crescimento econômico e, paradoxalmente, piora as contas públicas.
Ela tampouco é justa do ponto de vista social, pois indiretamente beneficia os rentistas e prejudica os trabalhadores.
Para mais detalhes sobre o fracasso econômico, o falso moralismo e o falsa imparcialidade técnica das políticas de austeridade, recomendo “Austeridade, uma Ideia Perigosa”, de Mark Blyth. Publiquei resenha do livro na minha coluna da Alesfe e no Jornal GGN.