A defesa do general da reserva Mario Fernandes, preso preventivamente sob suspeita de envolvimento em um suposto plano de golpe de Estado, apresentou um novo pedido de liberdade ao Supremo Tribunal Federal (STF). O recurso foi interposto contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que anteriormente negou a soltura do militar. Com informações do jornal O Globo.
Os advogados do militar argumentam que o documento conhecido como Punhal Verde e Amarelo, apreendido pela Polícia Federal (PF), não foi compartilhado com terceiros. Segundo a PF, o texto detalhava um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) antes da posse em 2023.
Além disso, a defesa sustenta que não há qualquer conexão entre Fernandes e a chamada operação “Copa 2022”, que incluía o monitoramento do ministro Moraes. Os advogados reforçam que o general da reserva não participou de nenhuma ação ligada a esse caso.
Mario Fernandes é um dos 40 indiciados pela Polícia Federal pela suposta trama golpista e está detido desde novembro de 2022. Conforme o relatório final da investigação, o general “teve atuação de extrema relevância no planejamento de Golpe de Estado e ruptura institucional”.
O ministro Alexandre de Moraes – Divulgação
No entanto, a defesa contesta as acusações, afirmando que o militar “nunca articulou plano para Golpe de Estado ou de suposto monitoramento de qualquer autoridade pública”. Os advogados também alegam que “ninguém teve acesso ou conhecimento da minuta encontrada no HD” e que seu cliente não tem relação com os eventos ligados à operação “Copa 22”.
A Polícia Federal aponta que o documento suspeito teria sido “possivelmente impresso” no Palácio do Planalto por Fernandes e, no mesmo dia, levado ao Palácio da Alvorada, residência oficial do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O agravo regimental apresentado pela defesa será analisado pela Primeira Turma do STF, que decidirá se Mario Fernandes poderá responder às acusações em liberdade.