O material menciona medidas como a declaração de Estado de Sítio e a instauração de uma Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), além de críticas diretas ao Supremo Tribunal Federal (STF).
"Documento cujo teor parece se tratar de ensaio para discurso preparado para eventual subversão do Estado Democrático de Direito", descreve Daniel Brasil, delegado da PF no relatório.
Trechos do documento ainda citam artigos da Constituição na tentativa de dar uma aparência de legalidade ao plano.
“Enquanto "guardiões da Constituição", os Ministros do Supremo Tribunal Federal, STF, também estão sujeitos ao "Princípio da Moralidade", inclusive quando promovem o ativismo judicial. Aliás, o desmentido ativismo judicial e a aparente "legalidade" (desprovidas de legitimidade, contrárias ao Princípio da Moralidade Institucional e, assim injustas) não podem servir de pretextos para a desvirtuação da ordem constitucional pelos Tribunais Superiores”, diz o documento.
Entre as alegações apresentadas no material ainda estão críticas ao ministro Alexandre de Moraes, apontado como “amigo de longa data” do vice-presidente Geraldo Alckmin, e acusações sobre falta de transparência no processo eleitoral.
Para os investigadores, o texto seria lido publicamente após a consumação de um golpe de Estado no Brasil.