Pablo Marçal (PRTB), ex-coach e candidato à Prefeitura de São Paulo, e suas empresas respondem a pelo menos 162 processos na Justiça. Essas ações têm pedidos de indenizações que totalizam cerca de R$ 172 milhões, segundo levantamento feito pelo Estadão, e os casos incluem crimes como difamação, calúnia e até questões relacionadas a uma promessa de recompensa.
Na esfera trabalhista, há uma série de demandas judiciais de ex-funcionários por reconhecimento de vínculo empregatício com carteira de trabalho e pagamento de benefícios como horas extras e FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço).
O ex-coach também responde a ações de consumidores que compraram seus produtos, como cursos, e pediram restituição dos valores, alegando que os serviços não correspondiam ao que foi prometido. No total, são 34 processos na Justiça comum e 89 na esfera cível contra Marçal, e 39 contra suas empresas.
O candidato à Prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB) usando carteira de trabalho para provocar adversários. Foto: Reprodução
14 desses processos contra o ex-coach na Justiça comum são relacionados a uma promessa feita por ele em entrevista ao programa “Pânico”, da Jovem Pan, quando afirmou que pagaria US$ 1 milhão a quem encontrasse alguma ação movida por ele. Em uma delas, o autor diz que encontrou ao menos nove exemplos e pede R$ 51 milhões de indenização.
Outros 7 processos são por danos morais e totalizam R$ 495,6 mil. Um deles é por conta do seu reality show “La Casa Digital”: um ex-participante do programa pede R$ 200 mil em indenizações por supostamente ter sofrido humilhações e ofensas verbais da equipe do ex-coach.
Ele ainda enfrenta 89 representações no âmbito eleitoral que incluem acusações de abuso de poder econômico, uso indevido dos meios de comunicação, além de uma investigação por falsidade ideológica, apropriação indébita e lavagem de dinheiro.