Os números revelam que entre o quarto trimestre de 2022 e o mesmo período de 2023, houve uma redução significativa, passando de 65 milhões para 45 milhões, no total de pessoas em situação de insegurança alimentar moderada ou grave. Especificamente, o contingente de indivíduos exclusivamente em insegurança alimentar grave diminuiu de 28 milhões para 20 milhões.
O aumento real de 11,7% na massa de rendimentos do trabalho foi apontado como um dos principais impulsionadores dessa mudança, representando o maior crescimento desde o Plano Real, de acordo com análises realizadas por Marcos Hecksher, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Além disso, os números divulgados por Marcelo Neri, diretor da FGV Social, indicam um salto de 12,5% na renda real domiciliar per capita em 2023, considerando o rendimento das famílias dividido pelo total de membros.
A recomposição do Bolsa Família, que elevou o valor do benefício para R$ 600 por família, acrescido de R$ 150 por criança até 6 anos, também teve um impacto positivo na mitigação da insegurança alimentar. Somado a isso, melhorias no mercado de trabalho contribuíram para essa conquista.
Os
especialistas acreditam que, com esses avanços, a taxa de pobreza do
país deve apresentar uma queda expressiva quando forem calculados os
dados completos da Pnad Contínua de 2023.