Na última sexta-feira (22), 115 pessoas morreram durante um ataque terrorista na casa de shows Crocus City Hall na região de Moscou, na Rússia. Após a repercussão das imagens, o Estado Islâmico (ISIS) assumiu responsabilidade pelo maior atentado do tipo na capital russa em 11 anos.
No entanto, fontes internacionais afirmam que o grupo responsável pela chacina seria, mais especificamente, o Estado Islâmico-Khorasan (ISIS-K).
“Os combatentes do Estado Islâmico atacaram uma grande concentração de cristãos na cidade de Krasnogorsk, nos arredores da capital russa, Moscou, matando e ferindo centenas e causando grande destruição ao local antes de se retirarem para as suas bases em segurança”, afirmou o Estado Islâmico no aplicativo de mensagens Telegram.
Os membros do grupo usaram armas de fogo e explodiram ao menos duas bombas ao redor da arena de shows, que tem 6,2 mil lugares e estava com todos os ingressos vendidos para um show da banda soviética Picnic. Segundo a imprensa local, ao menos três indivíduos vestidos com roupas camufladas foram responsáveis pelos disparos.
O ISIS-K é um braço regional do grupo terrorista Estado Islâmico que opera principalmente no Afeganistão e no Paquistão. Este grupo surgiu em 2014, quando combatentes do Talibã paquistanês se uniram aos militantes do Isis (ou Daesh) no Afeganistão e juraram lealdade ao líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi. Seu nome faz referência à região histórica de Khorasan, que abrange partes do atual Paquistão, Irã, Afeganistão e Ásia Central.
O ISIS-K é conhecido por perpetrar uma série de ataques violentos, visando tanto civis quanto facções rivais, deixando uma trilha de destruição e terror por onde passa. E seu “ódio” à Rússia se dá pelo apoio do presidente Vladimir Putin ao governo de Bashar Al-Assad na Síria.
Este grupo extremista sunita de linha dura também reivindicou a autoria de atentados notáveis, incluindo o recente ataque em uma casa de shows nos arredores de Moscou, na Rússia, que deixou dezenas de pessoas mortas e uma centena de feridos.
O ataque na Rússia, ocorrido em uma casa de shows perto de Moscou, foi reivindicado pelo ISIS-K como uma ação de sua autoria. Cinco homens armados com metralhadoras e vestidos com roupas camufladas abriram fogo contra homens e mulheres no local.
Já neste sábado (23), o governo russo anunciou a prisão de 11 indivíduos, incluindo quatro suspeitos de serem os atiradores, envolvidos no ataque. “Quatro terroristas” foram detidos, conforme informado pelo chefe do Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) ao presidente Vladimir Putin, enquanto agentes continuam a busca por cúmplices.
Segundo relatos do parlamentar russo Alexander Khinshtein, os suspeitos foram capturados após uma perseguição na região de Bryansk, a cerca de 350 km do local do atentado. Khinshtein descreveu que a perseguição teve início quando o motorista de um veículo se recusou a parar, resultando em um tiroteio e capotamento do carro.