A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, expressou elogios ao Brasil em seu recente
texto
intitulado "Como o G-20 pode aproveitar a recente resiliência da
economia mundial", publicado no blog do FMI nesta segunda-feira (26).
Georgieva destacou tanto o sucesso do país no combate à inflação quanto a
aprovação da reforma tributária como marcos significativos para a
economia brasileira.
Sobre o combate à inflação, a diretora do FMI ressaltou a importância
dos bancos centrais em trazer a inflação de volta à meta, especialmente
em países de baixa renda afetados desproporcionalmente pela alta dos
preços.
Georgieva destacou o Brasil como exemplo de agilidade na formulação
de políticas econômicas, elogiando a rápida resposta do Banco Central do
Brasil ao aumento da inflação: "a resposta firme e antecipada do Brasil
ao aumento da inflação durante a pandemia é um bom exemplo de como a
agilidade na formulação de políticas pode render frutos. O Banco Central
do Brasil foi um dos primeiros bancos centrais a elevar os juros e, em
seguida, relaxar a política à medida que a inflação voltava para o
intervalo da meta".
No que diz respeito à reforma tributária, a diretora do FMI enfatizou
a importância de os países aumentarem a receita e eliminarem
ineficiências fiscais. Nesse contexto, ela classificou a reforma do
Imposto sobre Valor Agregado (IVA) no Brasil como "histórica",
destacando a liderança do país nessa área. A reforma tributária,
aprovada em 2023 durante o governo Lula (PT), contou com uma
significativa participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nas
negociações com o Congresso Nacional.
"É vital que os países continuem a fazer avanços importantes para
aumentar a receita e eliminar ineficiências. O Brasil demonstrou
liderança nessa área com sua histórica reforma do IVA. Mas muitos países
estão atrasados, e têm margem para ampliar sua base tributária, fechar
brechas e melhorar a administração tributária", escreveu a diretora.
A mensagem de Kristalina Georgieva ressoa em meio às discussões que
antecedem a reunião de ministros da Economia dos países do G-20,
programada para esta semana.