“Mário Jorge Lobo Zagallo foi um dos maiores jogadores e técnicos de futebol de todos os tempos, um grande vencedor e símbolo de amor pela seleção brasileira e pelo Brasil. Maior vencedor individual da história da Copa do Mundo, sendo campeão duas vezes como jogador, campeão e vice campeão como treinador e campeão como coordenador da seleção em 1994. O único a participar de quatro conquistas mundiais, dirigiu o maior time de futebol da história, a seleção brasileira de 1970”, iniciou Lula.
“Corajoso, dedicado, apaixonado e supersticioso, Zagallo era exemplo de brasileiro que não desistia nunca. É essa lição e espírito de carinho, amor, dedicação e superação que ele deixa para todo o nosso país e para o futebol mundial. Nesse momento de despedida, minha solidariedade aos familiares de Zagallo, seus filhos e netos, aos amigos e aos milhões de admiradores”, acrescentou o presidente.
Zagallo, nascido em Atalaia, Alagoas, demonstrou paixão pelo futebol desde a infância. Após se destacar no America-RJ, consolidou-se no Flamengo, onde conquistou o tricampeonato carioca em 1953/54/55. Participou do time que venceu a Copa de 1958. Posteriormente, brilhou no Botafogo, ajudando a equipe a alcançar o bicampeonato mundial. Como técnico, guiou o Brasil à vitória na Copa de 1970, mantendo-se na seleção até 1974. Sua trajetória incluiu também as Copas de 1998 e 2006.
Zagallo, conhecido pelo bordão "vocês vão ter que me engolir", encerrou sua carreira no futebol em 2011, aos 79 anos. Em 2012, enfrentou o luto pela perda da esposa, Alcina, com quem foi casado por 57 anos. Supersticioso, destacava a importância do número 13 em sua vida. Em 2021, ao completar 90 anos, recebeu uma mensagem especial de Pelé, ressaltando a amizade entre os dois.
O legado de Zagallo será lembrado pela CBF, que planeja homenagens, incluindo uma estátua no Museu da CBF inaugurada em 2022. O ícone do futebol deixa um vazio na história do esporte brasileiro, sendo reverenciado por sua contribuição notável ao longo de 92 anos.