Conforme relatado anteriormente, Wassef possuía um dispositivo exclusivo para se comunicar com o clã Bolsonaro, especialmente com seus clientes, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Jair Bolsonaro (PL). Em agosto, a PF realizou uma busca na residência do advogado e apreendeu quatro aparelhos.
Wassef admitiu ter adquirido nos Estados Unidos um relógio Rolex vendido de forma irregular por assessores de Bolsonaro, ao custo de US$ 50 mil.
A razão para a cautela em relação a Wassef é que, como advogado, ele possui o direito ao sigilo de suas comunicações com os clientes. A entrega dos dados contou com a supervisão da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para garantir o respeito a esse direito. O laudo pericial da PF deverá abranger todos os itens analisados, e a OAB verificará no final se a análise se limitou a questões relacionadas apenas à investigação.