O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira,
demonstrou preocupação com a privatização da Refinaria Landulpho Alves
(RLAM), pois os moradores de Bahia e Sergipe não estão sendo
beneficiados pelo Preço de Competitividade Interna (PCI) previsto na
nova estratégia comercial da Petrobrás e continuam arcando com o preço
de paridade de importação (PPI).
A refinaria, que fica na Bahia, foi vendida por Jair Bolsonaro em
dezembro de 2021 a um fundo árabe. Em outubro daquele ano, o governo
Bolsonaro tentou trazer ilegalmente ao Brasil joias "presenteadas" por
países árabes. Por conta da privatização, a RLAM atingiu o posto de
combustível mais caro do país no ano passado. Antes da venda, a gasolina
vendida era 1% mais barata do que as demais refinarias do país.
Segundo Silveira, a RLAM é um ativo histórico da Petrobrás que nunca
deveria ter sido vendido, e a companhia deve avaliar a recompra da
instalação. "O povo baiano e sergipano tem pago preços de combustíveis
mais caros do que em regiões de influência das refinarias cujo controle é
da Petrobrás. Entendemos do ponto de vista da segurança energética e da
nova geopolítica do setor de petróleo e gás, respeitadas as regras de
governança da Companhia, que a Petrobrás deve avaliar recomprar a RLAM. É
um ativo histórico e que fez parte da estratégia de desmonte do Sistema
Petrobrás e nunca deveria ter sido vendido", disse Silveira, conforme
citado pelo portal do MME.