As joias vendidas pelo general Mauro Cesar Lourena Cid, pai do tenente coronel Mauro Cid, foram levadas aos Estados Unidos dentro de uma mala no mesmo avião presidencial em que Jair Bolsonaro (PL) fugiu para os Estados Unidos no dia 30 de dezembro. O ex-presidente viajou para evitar passar a faixa presidencial para Lula no dia 1º de janeiro e só retornou ao Brasil em março.
No entanto, as vendas não se concretizaram em razão do "baixo valor patrimonial". Coube, então, ao general Mauro Lourena Cid, operador da organização criminosa vender as joias, o que teria sido feito.
Ainda segundo a PF, há suspeitas de que o relógio Rolex, que teria sido devolvido por Bolsonaro após ordem do Tribunal de Contas da União, teria sido vendido e teve que ser recomprado para que fosse feita a devolução.
A mensagem para Mauro Cid recomprar o Rolex teria sido enviada pelo ex-Secretário de Comunicação Fabio Wajngarten, que atua agora na defesa e como assessor de Bolsonaro. Coube a Frederick Wassef, advogado do clã, buscar o relógio nos EUA.
Segundo a PF, a operação envolve a venda de "várias joias novas", que ainda não teriam aparecido nas investigações anteriores. Elas teriam sido dadas a Bolsonaro durante viagens a outros países do Oriente Médio, além da Arábia Saudita.