Parlamentares que integram a base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso já planejam solicitar a quebra de sigilo bancário e telemático do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e discutem os nomes que pretendem convocar para a CPMI do 8 de janeiro.
De acordo com informações do UOL, aliados de Lula discutiram, em uma reunião realizada na última quarta-feira (17), a possibilidade de convocar nomes do núcleo duro do bolsonarismo, como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e o general Walter Braga Netto.
Os ministros alojados no Palácio do Planalto, no entanto, ainda não decidiram qual estratégia vão adotar em relação ao ex-mandatário. Integrantes das pastas vinculadas à Presidência avaliam que o melhor a se fazer é aguardar o desenvolvimento da CPMI.
Já no Congresso, os parlamentares alinhados com o petista querem convocar pessoas do círculo pessoal do ex-capitão e que atualmente estão sendo investigados em processos na Justiça, a exemplo do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Outros nomes levantados pelo grupo são os do militar da reserva Ailton Barros, que chegou a arquitetar um golpe em conversas com Cid, e do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. Alan Diego dos Santos, condenado na última semana pela tentativa de explodir uma bomba no aeroporto de Brasília para impedir a posse de Lula, também é um dos nomes discutidos pelos governistas.
Ainda segundo o UOL, um dos parlamentares que vai integrar a base do chefe do Executivo na CPI afirmou que o nome do general Augusto Heleno, ex-ministro do GSI durante o governo Bolsonaro, também foi discutido.
O general Augusto Heleno – Foto: Reprodução
Vale destacar que o bolsonarista chegou a ser convocado para depor na CPI dos Atos Golpistas instalada na Câmara Legislativa do Distrito Federal, no entanto, a convocação acabou sendo convertida em convite e Heleno se recusou a comparecer.