O termo “Páscoa” é derivado do hebraico “Pessach”, que significa passagem.
A celebração da tradição judaica também conhecida como “festa da libertação” é a páscoa dos judeus. O momento faz memória à fuga do povo judeu, que vivia como escravo no Egito.
“O povo judeu deu um novo sentido a essa passagem. Na entrada da primavera, celebravam a Páscoa fazendo memória do anjo que passou pelas portas das casas dos hebreus, marcadas pelo sangue dos cordeiros e que poupou da morte os primogênitos deles, antes da travessia do Mar Vermelho, quando foram libertados da escravidão egípcia. Esta festa é celebrada ainda hoje entre as famílias israelitas”, afirma dom Leomar Antônio Brustolin, arcebispo metropolitano de Santa Maria (RS), em comunicado.
O religioso explica que o simbolismo das antigas culturas pastoris e agrícolas adquiriu um novo significado. Ervas amargas, consumidas à noite pelos pastores, entre os judeus significam a lembrança do tempo difícil da escravidão. Já os pães sem fermento lembram a miséria no Egito.
“É celebrada na primavera pois, no começo desta estação, Israel saiu do Egito. É uma festa noturna, porque o Êxodo se realizou em noite iluminada pela lua cheia”, diz o arcebispo.
Páscoa CristãO significado da páscoa cristã é diferente da tradição judaica, pois relembra os três dias da morte até a ressurreição de Jesus Cristo.
“Nós, cristãos, assumimos esta festa como a passagem da paixão e morte de Jesus Cristo para a sua ressurreição e vitória eterna. Em Jesus Cristo, se revela o mistério pascal da cruz e da ressurreição. A passagem que Jesus oferece à humanidade é do vazio e do absurdo para a plenitude do sentido. O mistério pascal celebra a vitória do impossível e a possibilidade do impensável. Em Jesus Cristo, a humanidade recebe a salvação de Deus, o perdão dos pecados e a vida que não conhece mais o fim”, diz dom Leomar.
Na tradição católica, o tempo da Páscoa tem duração de 50 dias, celebrado entre o domingo da ressurreição, que acontece no tradicional dia de páscoa, até a solenidade de Pentecostes. Nesse período, o Círio Pascal permanece aceso em todas as celebrações, sendo apagado ao final da missa de Pentecostes. O Círio Pascal é uma vela grande especial que representa a luz de Cristo Ressuscitado.
“Na Páscoa cristã, celebramos o Cordeiro Pascal, Jesus Cristo, que se imolou uma vez por todas para nossa vida e salvação. Celebrar a Páscoa é entrar de coração na mãe de todas as celebrações litúrgicas, a Vigília Pascal na Noite Santa, proclamando aquele que é a luz do mundo e pelo qual damos graças a Deus”, afirma dom Alberto Taveira Corrêa, arcebispo de Belém do Pará (PA), em comunicado.