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No governo Bolsonaro, Exército gastou verba da Covid com salgado, picanha e filé-mignon

Auditoria do TCU apontou mau uso de verba pública por parte da Força Armada, o que inclui a compra de carnes nobres e petiscos

Publicada em 03/04/23 às 17:19h - 17 visualizações

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No governo Bolsonaro, Exército gastou verba da Covid com salgado, picanha e filé-mignon
 (Foto: Reprodução)

Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) descobriu que o Exército Brasileiro usou recursos que deveriam ser destinados ao combate do coronavírus para comprar carnes nobres e salgados de coquetel.

A fiscalização da Corte de Contas aconteceu após pedido da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle do Congresso Nacional. A auditoria checou como foram gastos R$ 15,6 milhões do Ministério da Defesa e do Ministério da Saúde.

Os auditores descobriram que o Exército gastou R$ 255,9 mil em “salgados diversos típicos de coquetel, sorvetes e refrigerantes, que, em razão de seu baixo valor nutritivo e sua finalidade habitual, muito provavelmente não teriam sido utilizados para o reforço alimentar da tropa empregada na Operação Covid-19”.

Além disso, foram gastos R$ 447,4 mil em 12 mil quilos de filé-mignon e picanha. Esse gasto, feito por duas unidades, equivale a 21,7% do total gasto com carne bovina em todas as unidades do Exército.

Reproduçãotexto
Documento do TCU detalha compras feitas pelo Exército Brasileiro

A auditoria do TCU explica que uma normativa interna do Exército autoriza a compra de carnes nobres.

“Contudo, não se pode olvidar que a atuação da administração pública, além de observar o princípio da legalidade, deve atentar para os demais princípios que a regem, dentre eles o da razoabilidade e do interesse público”, rebate a Corte.

“Nesse sentido, entende-se que violou tais princípios a utilização de recursos tão caros à sociedade, oriundos de endividamentos da União que agravaram ainda mais a crise econômica e social vivenciada pelo Brasil, para a aquisição de artigos de luxo, quando disponíveis alternativas mais baratas e que igualmente cumpriam a finalidade pretendida”, continua o tribunal.

A reportagem procurou o Exército Brasileiro para a corporação comentar a auditoria do TCU. O espaço segue aberto para manifestações futuras.




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