SÃO PAULO (Reuters) - Mais de 100 empresários, produtores agrícolas, representantes de associações e cooperativas dos mais diversos segmentos do agronegócio brasileiro integram a comitiva organizada pelo Ministério da Agricultura que embarca em missão oficial para a China nesta segunda-feira.
Junto com o ministro Carlos Fávaro e a equipe técnica do ministério, que trabalha nos acordos comerciais, simplificação de processos por meio da digitalização e abertura de mercados para novos produtos brasileiros junto às autoridades chinesas, os empresários terão a oportunidade de discutir com o setor privado as demandas de importação e exportação entre os dois países, disse o ministério.
"É uma comitiva bastante eclética, contemplando a diversidade do nosso agronegócio, não só daqueles que estão interessados em vender seus produtos, mas também comprar, para que possamos avançar na agroindústria. É um sinal do prestígio do presidente Lula junto ao setor...", disse Fávaro, em nota.
A missão encabeçada por Fávaro é preparatória para a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última semana de março.
Antes da chegada de Lula, o ministro da Agricultura participará de reuniões bilaterais com autoridades chinesas, seminários e encontros com representantes do setor produtivo.
No dia 23, está prevista a presença de Fávaro em uma conferência sobre a indústria de algodão. Há também agenda com empresas e associações de fabricantes de fertilizantes e insumos agrícolas, além de um evento para discutir a cooperação entre Brasil e China em agricultura sustentável e finanças verdes.
Ainda na sexta está previsto um seminário do setor de proteína animal, com a participação do embaixador do Brasil na China, Marcos Galvão, e do vice-presidente da Câmara Chinesa de Comércio para Importação e Exportação de alimentos, produtos naturais e subprodutos animais (CFNA China), Yu Lu.
Na próxima segunda-feira, a equipe do ministério participa de mais um encontro multissetorial.
Fávaro passará a integrar a comitiva de Lula no dia 28 de março. Ele cumpre agenda oficial com as autoridades chinesas e, no dia 29, participa do Seminário Empresarial Brasil-China.
A China é, desde 2009, o maior parceiro comercial do Brasil e uma das principais origens de investimentos em território brasileiro. Em 2022, o comércio atingiu recorde de 150,5 bilhões de dólares, segundo o Ministério da Agricultura.