Em evento da ApexBrasil em São Paulo, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, defendeu que a reforma tributária somada à nova ancoragem fiscal vão ajudar numa “redução de taxa de juros extremamente necessária” e contribuir para o aumento de exportações com redução do acúmulo de crédito.
“A inflação não é de demanda, não faz sentido uma taxa tão alta. Não é a Selic que vai resolver”, comentou. Nas últimas semanas, o presidente Lula reclamou sobre a taxa Selic de 13,75% e da gestão de Roberto Campos Neto à frente do Banco Central.
Para Alckmin, a melhor solução tributária para o Brasil é o IVA, o imposto de valor agregado. “Alíquota pode ter mais de uma, não pode ter vários impostos incidindo sobre o consumo”, completou.
Ele também garantiu que a tributação de micro e pequenas empresas não será alterada na reforma. O ministro disse que o BNDES, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, vai divulgar, em breve, um programa de ajuda para exportações, além de um fundo garantidor para exportações.
Ele também afirmou que o Mercosul e a União Europeia estão em tratativas finais sobre um acordo entre os blocos. Nesta segunda, em Belo Horizonte, o vice-presidente se reuniu com o vice-chanceler alemão e ministro de Assuntos Econômicos e Ação Climática, Robert Habeck, e debateram o tema. Segundo Alckmin, há possibilidade da redução de tarifas e ajustes de normas para a conclusão do acordo.
Alckmin participou de um evento sobre equidade de gênero em negócios internacionais da Agência Brasileira de Promoção e Exportações e Investimentos, a ApexBrasil. “O MDIC tem seis secretárias. Três homens e três mulheres. E os homens estão correndo risco”, brincou.