A carta manifesta o compromisso dos estados
do Cosud de trabalhar em conjunto com os governos federal e municipais
na aprovação de uma reforma tributária que aumente a eficiência
econômica e garanta a justiça social e a preservação da autonomia dos
governos para realizar políticas de fomento ao desenvolvimento local.
Uma das alterações em discussão é a mudança da tributação do ICMS da
origem para o destino.
Dívida pública
Segundo os governadores, a dívida do Sul e do Sudeste com a União chega a R$ 630 bilhões, o que corresponde a 93% do débito de todas as unidades da Federação com o governo federal. A carta propõe uma repactuação dos critérios de correção da dívida, que vem sendo atualizada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA ) mais 4% ou Taxa Selic, o que for menor.
“É impensável que, num ambiente onde o crescimento econômico é muito inferior aos encargos dos contratos de dívida com a União, os estados paguem suas dívidas e ainda invistam em infraestrutura, modernização e na manutenção dos serviços públicos essenciais. É necessário que esses contratos passem a ter seus encargos compatíveis com o comportamento da economia nacional”, diz um trecho da carta.
“Os estados do Sul e do Sudeste respondem
por 80% da arrecadação de impostos federais. Quanto mais organizarmos a
vida financeira desses estados, mais vamos nos desenvolver e mais
impostos federais serão gerados. Quando o Brasil recebe mais, todos os
estados são beneficiados por meio dos fundos de participação”, afirmou o
governador do Rio, Cláudio Castro.
Pacto Federativo
No documento, os estados pedem que atos que representem aumento nas despesas não sejam implementados sem uma discussão prévia. “Obrigações não podem ser impostas aos estados sem a devida contrapartida, especialmente as financeiras. Quando isso acontece, a população acaba pagando a conta”, disse o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.
Os integrantes do Cosud ressaltaram a importância do fortalecimento das agências regulatórias para regulamentar e fiscalizar as concessões de serviços públicos.
O próximo encontro do Cosud está previsto para junho, em Minas Gerais.
Edição: Valéria Aguiar