O enviado especial para o Clima dos Estados Unidos, John Kerry, disse nesta terça-feira (28/2) que vai tentar viabilizar US$ 9 bilhões (cerca de R$ 47 bilhões) para o Fundo Amazônia.
O representante do governo de Joe Biden fez a declaração durante entrevista coletiva e reforçou a necessidade do investimento em projetos para conter as mudanças climáticas no Brasil.
“Estamos trabalhando com uma legislação que está agora no Congresso, de US$ 4,5 bilhões, mas estamos pensando em US$ 9 bilhões. Sabemos que teremos uma luta para que seja aprovado. Então, também estamos trabalhando com um pontos de desenvolvimento multilaterais, e suas reformas, e também com o mercado de carbono”, declarou Kerry durante a coletiva no Ministério do Meio Ambiente.
Ao lado da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), ele falou sobre a importância do trabalho conjunto com o Congresso americano e com empresas privadas para apoiar o Fundo Amazônia.
“A colaboração não é só de natureza financeira. É o reconhecimento de aporte de recursos de pagamento por emissão de CO2 já realizada e os Estados Unidos estão sendo colaborativos”, disse Marina Silva.
Apesar das declarações de Kerry, os Estados Unidos são os principais responsáveis pela liberação de CO2 na atmosfera, com 577,578 toneladas emitidas entre 1850 e 2016, de acordo com um estudo do World Resources Institute (WRI).
No início de fevereiro, o presidente Joe Biden anunciou o interesse do governo norte-americano em contribuir com o Fundo Amazônia, mas não especificou o valor da doação.
Apesar da confirmação do investimento norte-americano no mecanismo, o montante a ser doado depende da aprovação do Congresso dos Estados Unidos.