O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Superior Eleitoral (STF), defende que o seu sucessor na Corte seja uma “pessoa com convicções firmes, coragem, não se deixe influenciar pela opinião pública e respeite os direitos e garantias fundamentais da Constituição”.
O magistrado deverá se aposentar obrigatoriamente até, no máximo, o mês de maio. A vaga abrirá a primeira indicação ao STF pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O favorito para ocupar o cargo é, segundo aliados do petista, o advogado Cristiano Zanin Martins.
Segundo o ministro, a coragem necessária para o jurista que o sucederá no Tribunal envolve “enfrentar temas polêmicos e pautar-se exclusivamente na Constituição”. Lewandowski faz parte da chamada “ala garantista” do Supremo.
Por ora, há uma expectativa de que a saída do ministro não altere o perfil de votação na Corte, com a indicação, feita por Lula, de um nome com as características semelhantes a do magistrado que completará 75 anos no dia 11 de maio. O ministro segue atuando na Corte.
Com relação a “esperada” atuação de Lewandowski nos próximos meses de trabalho na Corte, em razão de sua saída, no meio das invasões terroristas dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em Brasília (DF) e análise das denúncias, o ministro destacou: “A minha saída não vai alterar absolutamente nada”.