Um relatório divulgado nesta quinta-feira (23) por agências da Organização das Nações Unidas (ONU), como o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou que uma mulher morre a cada dois minutos no mundo durante o parto ou por complicações vinculadas à gestação.
Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, afirmou em comunicado que gravidez continua sendo uma “experiência extremamente perigosa para milhões de pessoas no mundo que não têm acesso a serviços de saúde respeitosos e de boa qualidade”
O relatório revelou que 287 mil mulheres morreram enquanto estavam grávidas ou ao dar à luz em 2020, uma a cada 120 segundos, ou 2 minutos. No ano 2000, o número era de 446 mil.
A nível mundial, a taxa de mortalidade materna caiu 34,3% entre 2000 e 2020. No entanto, entre 2016 e 2020, a taxa foi reduzida em apenas duas das oito regiões da ONU: Austrália e Nova Zelândia (em 35%) e Ásia Central e do Sul (16%). Em alguns casos foram registrados retrocessos. Em duas regiões, Europa/América do Norte e América Latina/Caribe, a taxa aumentou 17% e 15%, respectivamente.
Dentre as principais causas das mortes o relatório destacou hemorragias agudas, hipertensão arterial, infecções relacionadas à gravidez, complicações provocadas por abortos realizados em ambientes inseguros e condições subjacentes que podem ser agravadas com a gravidez (como AIDS ou malária).