As experiências traumáticas do Brasil, com o governo neofascista de Jair Bolsonaro, e dos Estados Unidos, que atravessou a experiência do supremacismo branco, com Donald Trump, serão o ponto central do encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Joe Biden, nesta semana.
"Em busca de uma aproximação maior com o presidente americano Joe Biden, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarca nesta semana em Washington e deve focar seu discurso nos ataques golpistas que as duas democracias sofreram recentemente. A ideia do petista é aproveitar o tema para comparar a situação política dos dois países. Lula deve enfatizar que tanto Brasil como EUA resistiram à intentona golpista e precisam, agora, combater a extrema-direita", aponta reportagem do Valor, desta segunda-feira."Na visão do governo brasileiro, Brasil e EUA passaram por um 'teste de estresse', com roteiros parecidos e nos quais prevaleceram as instituições democráticas. Nos EUA, onde os ataques foram registrados em 6 de janeiro de 2021, já saíram as primeiras sentenças judiciais aos envolvidos nos ataques ao Capitólio, enquanto no Brasil os inquéritos ainda estão em andamento", diz ele.
Lula tratou dessa questão, inclusive, com a nova embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Elizabeth Bagley, na última sexta-feira. “Nós discutimos mudança climática, direitos humanos, democracia e as fragilidades da democracia não só no Brasil, nos Estados Unidos, mas também no resto do mundo”, explicou ela.