O senador Flávio Bolsonaro (PL) correu em defesa do seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante fala na mesa diretora do Senado, nesta quinta-feira (2). Ele confirmou a existência da reunião entre Marcos do Val e o ex-presidente, mas afirmou que a situação “não configura nenhum tipo de crime”.
“Sobre o que está sendo noticiado hoje com relação ao senador Marcos do Val, ele já havia me relatado o que tinha acontecido, que isso seria trazido a público. Contudo numa linha de que essa reunião que aconteceu, ela seria uma tentativa de um parlamentar de demover as pessoas que estavam nessa reunião de fazer algo absolutamente inaceitável, absurdo e ilegal”, diz Flávio Bolsonaro.
“Eu peço aqui, obviamente, que todos os esclarecimentos sejam feitos e eu não peço aqui nem abertura de inquérito, pq a situação narrada não configura nenhum tipo de crime. Mas que todos os esclarecimentos sejam feitos para que não fiquem narrativas em cima de narrativas no intuito de superar os fatos. Fato é que dia 31 de dezembro o presidente Bolsonaro deixou a presidência”, prossegue o senador.
O que diz Marcos do Val
O senador afirma que participou de uma reunião no Palácio da Alvorada no dia 9 de dezembro em que Bolsonaro detalhou o plano para "atirar o país numa confusão institucional sem precedentes desde a redemocratização".
Do Val conta que o plano de Bolsonaro era que alguém de confiança se aproximasse do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e arrancasse dele alguma declaração comprometedora.
A conversa seria gravada e o áudio divulgado como estopim para uma convulsão social no país.